quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pai, começa o começo!


 

    Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para
meu pai e pedia: - "pai, começa o começo!".

    O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais
difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele
sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu
mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo
providencial que ele havia feito.

    Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais
criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para,
pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo
caminho.

    Hoje, minhas "tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades
do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no
núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os
retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos
realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de
doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e,
até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e
desafios.

     Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...

     Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe
pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria
chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a
atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai
do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me
ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das
nossas vitórias.

Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina
para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
"Pai, começa o começo!". Ele não só "começará o começo", mas resolverá toda
a situação para você.

Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou
encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor
Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: "Pai, começa o começo!".

ENVIADO POR EMAIL, POR ANDRÉINHA (XITU)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O pequeno e o grande




     Não é raro que as pessoas comuns manifestem sua inveja, quando a imprensa escrita apresenta fatos da vida de artistas, reis, esportistas famosos.
     Invejam a sua riqueza. Sobretudo a sua fama. As pessoas comuns andam todos os dias pelas ruas e não se tornam notícia por terem ido a uma exposição, ao supermercado, à praia.
    Não são vistas. Afinal, são tantas as pessoas comuns e, normalmente, umas não olham para as outras.
    E isso nos recorda de uma comparação entre o mar, imenso, que joga suas ondas com barulho estrondoso nas pedras e recifes e os rios tranquilos.
    É no mar que viajam os grandes transatlânticos, os iates luxuosos e as lanchas velozes, levando pessoas que nos parecem sempre muito felizes.
    É o mar que abriga no seu seio tesouros inimagináveis da fauna, da flora e riquezas humanas, resultantes dos naufrágios, de grandes tragédias.
     Quando se quer dar um exemplo de algo poderoso, enorme, o mar é o escolhido. Com sua grandeza e perigos, ele assusta muita gente.
     Os rios, por sua vez, são calmos. Nascem de pequeninas gotas prisioneiras de vales e montanhas que, aos poucos, vão se libertando e se juntando, formando filetes.
    Vão descendo calmas por entre pedras, escolhendo caminhos entre encostas, engrossando e tomando a forma dos rios generosos.
    Por serem águas claras e boas, servem para dessedentar o viajante cansado. São a alegria dos pescadores que, em suas águas, se divertem a pescar, sem maiores aventuras.
    As crianças barulhentas vão nelas lançar seus barcos de brinquedo.
   Os pássaros brincam em suas margens e saciam sua sede. Homens inteligentes as canalizam, de forma que sirvam a muitos outros, em suas casas, no conforto dos seus lares.
    Quando as pessoas desejam ouvir os sons graves, buscam o mar. Quando desejam paz, buscam os rios porque sua música é mais suave, delicada.
     Os mares e os rios nos dizem que cada um tem seu valor e sua importância.
     Se todas as águas fossem salgadas como a dos oceanos e mares, o homem padeceria a sede.
      Se não houvesse a tepidez das águas salgadas talvez não existisse a vida na Terra, pois que tudo ali se iniciou.
      Mar e rio, oceano e águas tranquilas. Ricos, famosos e pessoas comuns. Todos são importantes no concerto da vida. Cada qual, onde está, com suas condições, tem sua missão, suas dores e alegrias e, sobretudo, a sua responsabilidade.

* * *

    Você já pensou que a maravilha na Terra está justamente na diversidade das oportunidades que ela apresenta?
   Cada qual, onde se encontre, com o que tenha, pode cooperar para a harmonia da vida.
   Quando você passeia pelas ruas bem cuidadas da cidade, deve isso a homens e mulheres comuns que realizam a sua limpeza, podam as árvores e plantam flores nos canteiros.
   Quando você admira leis sábias e justas, reverencia os legisladores.
   Quando se delicia com uma música, agradece aos compositores.
   Todos somos importantes e a Terra se tornaria um caos se todos desejassem ser iguais e fazer as mesmas coisas.
   Pensemos nisso e valorizemos o que somos e o que fazemos.


Redação do Momento Espírita.
Em 17.06.2011.
Imagem: Blog Páginas Fraternas Chico Xavier


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Jantar Beneficente Raio de Sol mais uma vez é sucesso!



     A Fraternidade Espírita Raio de Sol realizou mais uma vez o Jantar Beneficente em prol das ações desenvolvidas pela entidade no município.
     O evento aconteceu no dia 11 de junho, em São Paulo, no Clube Golden House (antigo Big House) e contou com a ferveção da banda Sant`Anna, música ao vivo de qualidade.
    Mais de mil pessoas prestigiaram e puderam também saborear um delicioso jantar, enquanto o presidente da entidade, Claudio Franceschi e sua esposa Teresinha falaram da importância do evento, do auxílio que têm recebido em São Paulo e Araçariguama.
     A Fraternidade Espírita Raio de Sol está situada no bairro Aparecidinha e, atualmente, atende cerca de 100 famílias araçariguamenses. Mais informações no site www.fraternidaderaiodesol.com.br

domingo, 12 de junho de 2011

Amor entre almas



Amor entre almas...Não se procura,
não se pede, não se exige...
Simplesmente acontece quando menos se espera.
Amor entre Almas é amor doação sinceridade, fidelidade,
dedicação, ternura ,prazer, e emoção.
Não importa a distância.
Amor entre almas é um resgate de vidas que chega ao fim no
sublime ato do reencontro com sua alma gêmea
tão amada ontem, tão vivenciada no hoje.
Amor entre almas não é só desejo e sexo.
É querer e sentir a presença do ser amado
dentro do coração.
É precisar um do outro como a borboleta e
a abelha precisam da flor...
Amor entre almas é tão intenso,
tão sentido por nós...que ninguém, nem mesmo o tempo
consegue apagar de nossas vidas.

sábado, 4 de junho de 2011

A Fábula do Porco-espinho


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinhos percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.

Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.

Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História 
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e admirar as suas qualidades.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

CALMA E ESPERANÇA


Seja qual for a provação que te visita, acalma-te e espera.
 
Muitas vezes, quando a resposta do Céu parece tardar,

ante o pedido que formulaste,

em oração, semelhante demora significa que o Céu, em silêncio,
 
permanece Contando com a tua paciência.

 
(Francisco C. Xavier por Emmanuel. In: Agora é o Tempo)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

AFLIÇÃO VAZIA


   Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.
   Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.
   No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.
   Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranquila.
   Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária...
   Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a ideia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.
   Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.
    Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidades do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho. E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Encontro Marcado)