quarta-feira, 30 de novembro de 2011

FÉ EM DEUS


   A fé em Deus não te arredará das provas inevitáveis, mas te investirá na força devida para suportá-las;

* não te afastará os obstáculos do caminho, entretanto, doar-te-á a significação de cada um deles, para que recebas, em silêncio, a mensagem de que são portadores;

* não te retirará dos desenganos e decepções que o mundo te propicie, mas auxiliar-te-á a extrair deles mais luz ao próprio discernimento;

* não impedirá o afastamento dos companheiros a que mais te afeiçoas, nos encargos que te marcam a vida, todavia, conceder-te-á energias e recursos para substituí-los, até que surjam outros cooperadores decididos a apoiar-te;

* não te livrará da enfermidade de que ainda precises, no entanto, iluminar-te-á o entendimento para que lhe assimiles o recado salutar;

* não te desligará do parente difícil, porém, ajudar-te-á a aceitá-lo e compreendê-lo em teu próprio benefício;

* não te proibirá as quedas prováveis nas trilhas da existência, no entanto, ensinar-te-á, através da própria dor, onde se encontram as situações que te cabe evitar, em auxílio a ti mesmo;

* não te demitirá dos problemas que, porventura, te ameacem a paz, contudo, dar-te-á serenidade para resolvê-los com segurança;

* não te buscará nos labirintos de ilusão, nos quais talvez hajas penetrado, impensadamente, entretanto, clarear-te-á o raciocínio para te libertares;

* a fé em Deus, por fim, não te mudará os quadros exteriores de luta, mas infundir-te-á paciência a fim de que compreendas em todos eles os degraus de elevação, de que necessitas, para escalar os cimos da vida imperecível.

(Livro: Amigo. Francisco Cândido Xavier por Emmanuel)

Fonte: CVDEE

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Espera e confia


Por pior que pareça o momento por que passas, espera e confia.


Deus não desampara seus filhos jamais.

Nós é que muitas vezes nos afastamos Dele.

Nos momentos de dificuldade, de dor, de perigo e turbulência,

elevemos nosso pensamento ao Criador e entreguemo-nos a Ele

com a certeza de que não estamos sós.

Deus, através de seus mensageiros,

sempre nos mostrará uma saída para as dificuldades

e problemas por que passamos, bastando para isso que confiemos

na sua Divina Providência, que não falha nunca.

As dificuldades pelas quais todos nós passamos são as lições

necessárias ao nosso aprendizado, crescimento e evolução.

Ainda somos espíritos imperfeitos, buscando o aprimoramento

e a perfeição para a qual fomos criados.

Enchamos nossos corações de esperança e alegria,

pois tudo neste mundo é transitório e somente o bem,

a paz e a felicidade permanecerão por toda a eternidade!

Site: gotasdepaz.com.br

domingo, 20 de novembro de 2011

Suficiente pra você!





   Há pouco tempo, estava no aeroporto e vi mãe e filha se despedindo.
   Quando anunciaram a partida, elas se abraçaram e a mãe disse:
   - Eu te amo. Desejo o suficiente para você. 
   A filha respondeu:
   - Mãe, nossa vida juntas tem sido mais do que suficiente. O seu amor é tudo de que sempre precisei. Eu também desejo o suficiente para você.
   Elas se beijaram e a filha partiu.
   A mãe passou por mim e se encostou na parede.
   Pude ver que ela queria, e precisava, chorar.
   Tentei não me intrometer nesse momento, mas ela se dirigiu a mim, perguntando:
   - Você já se despediu de alguém sabendo que seria para sempre? 
   - Já - respondi. - Me desculpe pela pergunta, mas por que foi um adeus para sempre?
   - Estou velha e ela vive tão longe daqui.  Tenho desafios à minha frente a verdade é que a próxima viagem dela para cá será para o meu funeral. 
  - Quando estavam se despedindo, ouvi a senhora dizer 'Desejo o suficiente para você'. Posso saber o que isso significa?
   Ela começou a sorrir.
   - É um desejo que tem sido passado de geração para geração em minha família. Meus pais costumavam dizer isso para todo mundo. 
  Ela parou por um instante e olhou para o alto como se estivesse tentando se lembrar em detalhes e sorriu mais ainda.
   - Quando dissemos 'Desejo o suficiente para você', estávamos desejando uma vida cheia de coisas boas o suficiente para que a pessoa se ampare nelas. 
    Então, virando-se para mim, disse, como se estivesse recitando:
   - Desejo a você sol o suficiente para que continue a ter essa atitude radiante. 
   - Desejo a você chuva o suficiente para que possa apreciar mais o sol..
   - Desejo a você felicidade o suficiente para que mantenha o seu espírito alegre. 
  - Desejo a você dor o suficiente para que as menores alegrias na vida pareçam muito maiores. 
  - Desejo a você que ganhe o suficiente para satisfazer os seus desejos materiais.
  - Desejo a você perdas o suficiente para apreciar tudo que possui. 
  - Desejo a você 'alôs' em número suficiente para que chegue ao adeus final. 
  Ela começou então a soluçar e se afastou.
 Dizem que leva um minuto para encontrar uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas uma vida inteira para esquecê-la.

sábado, 19 de novembro de 2011

TELHA DE VIDRO



    Nem sempre a vida segue o curso que se deseja, que se espera. 
    Assim foi com Rachel. 
    Depois da morte de seus pais, ela, ainda bem moça, deixou a cidade em que nascera para morar na fazenda, com os tios que mal conhecia. 
    Moraria na casa que havia sido construída por seu bisavô, há muito tempo. 
    Era uma casa muito antiga e a maior parte de seus móveis eram peças pesadas e escuras que ali estavam há mais tempo do que as pessoas saberiam dizer. 
    Seus tios eram pessoas simples, acostumados com a vida que sempre viveram, desconfiados com tudo que pudesse alterar a rotina que lhes dava segurança. 
    A chegada de Rachel representou para eles um certo transtorno. 
    Onde ficaria instalada a menina? 
    Como não havia um cômodo mais apropriado, deram-lhe um quarto pequeno, que ficava no sótão. 
    Nem o tamanho reduzido, nem o cheiro de mofo incomodaram Rachel. 
    O que lhe entristecia naquele quartinho abafado era apenas o fato de não ter janelas. 
    Não se podia ver o sol, nem o céu, nem as árvores do quintal ou as flores do jardim. 
    A luz limitava-se a entrar timidamente pela porta. 
    A falta de claridade naquele quartinho parecia encher ainda mais de tristeza o coração dolorido da moça. 
    Até que um dia, depois de muito ter chorado em silêncio, Rachel, decidida a voltar a sorrir, pediu que lhe trouxessem da cidade uma telha de vidro. 
    Um pouco desconfiados, seus tios acabaram cedendo. 
    Daí, um milagre aconteceu. 
    Mesmo sem janelas o quarto de Rachel, antes tão sombrio, passou a ser a peça mais alegre da fazenda. 
    Tão claro que, ao meio-dia, aparecia uma renda de arabesco de sol nos ladrilhos vermelhos, que só a partir de então conheceram a luz do dia. 
    A lua branda e fria também se mostrava, às vezes, pelo clarão da telha milagrosa. 
    E algumas estrelas audaciosas arriscaram surgir no espelho onde a moça se penteava. 
    O quartinho que era feio e sem vida, fazendo os dias de Rachel cinzentos, frios, sem luar e sem clarão agora estava tão diferente. 
    Passou a ser cheio de claridade, luzes e brilho. 
    Rachel voltou a sorrir. 
    Toda essa mudança só porque um dia ela, insatisfeita com a própria tristeza, decidiu colocar uma telha de vidro no telhado daquela casa antiga, trazendo para dentro da sua vida a luz e a alegria que faltavam.  


* * *  
    Muitas vezes, presos a hábitos antigos e em situações consolidadas, deixamos de lado verdades que nos fazem felizes. 
    Deixamos que a ausência de janelas em nossa vida escureça nossas perspectivas, enchendo de sombras o nosso sorriso e o nosso cotidiano. 
    Vamos nos acomodando, aceitando estruturas que sempre foram assim e que ninguém pensou em alterar, ou que não se atreveu a tanto. 
    Mudanças e reformas são necessárias e sadias. 
    Nem todas dão certo, ou surtem o efeito que desejaríamos, porém, cabe-nos avaliar a realidade em que nos encontramos e traçar metas para buscar as melhorias pretendidas. 
    Não podemos esquecer, porém, que em busca de nossos sonhos de felicidade não devemos simplesmente passar por cima do direito dos outros. 
    Nesse particular, cabe-nos lembrar a orientação sempre segura de Jesus, que devemos fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem.  


    (Equipe de Redação do Momento Espírita, 
com base no poema Telha de vidro, de Rachel de Queiroz)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Prece do silêncio


Pai, que hoje eu possa saber fazer silêncio!
Que os maus pensamentos se calem e que os meus ouvidos sejam surdos 
para más palavras e maledicências.
Que os meus olhos possam apenas enxergar o Bem em todas as coisas 
por pior que elas pareçam.
Que o meu ego se emudeça e se afaste de julgamentos e condenações.
Que a minha alma se expanda e tenha compaixão por todos os seres vivos.
Que em meu silêncio eu veja que há tempo para fazer preces 
pelos que já se foram.
Que eu consiga perceber cada recado Teu através das Tuas criações.
Que eu compreenda que a Tua voz 
é a única que me sopra a Verdade nas 24 horas dos meus dias.
Que eu ouça em cada minúsculo ser a grandeza da Tua obra.
Que eu perceba nessa Grandeza o quanto és desprovido de orgulho.
Pai, que hoje eu possa saber fazer silêncio!
Que eu saiba calar na hora exata e nessa hora lembrar-me
de observar que na música da Vida 
só prevalece a Tua arte...e que em meio a qualquer som  
Tu sempre soarás mais alto e jamais hás de calar-Te.



Site: www.gotasdepaz.com.br

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Antes que seja tarde

     Por hoje ser um dia reflexivo, no qual homenageamos os desencarnados. Resolvi postar uma reflexão sobre nossas vidas, antes que seja tarde!





     É bastante comum pessoas, no leito de morte, desejarem aliviar a consciência. Fazem confissões apressadas de erros passados, pedindo e esperando perdão.

     Acreditam que, por estarem partindo, tudo será perdoado e esquecido. Não é verdade.
     Em algumas circunstâncias, revelações das faltas cometidas deixam, nos corações dos que ficam na Terra, muita mágoa e azedume.

     Mágoa e azedume que, como vibrações negativas, chegarão ao Espírito liberto, perturbando-o, na vida espiritual.

     Outros, antevendo a proximidade da morte, apresentam suas últimas vontades.

     Dessa forma, os que os assistem nessa hora final, ficam constrangidos a executá-las, gerando-lhes, por vezes, muitos incômodos.

     Moribundos há que desejam falar, mas não dispõem de voz, debatendo-se em aflição.

     Por tudo isso, pensa e age de forma diversa.

     Se sabes que um dia a morte te arrebatará o corpo, providencia já o que acredites necessário.

     Não faças, nem alimentes inimigos. Perdoa sempre.

     Desfaz, quanto antes, o mal entendido, para que, depois da morte, não venhas a te perturbar, por causa de remorsos, que serão tardios.

     Se desejas presentear alguém com o que te pertença, ou almejes adquirir, providencia de imediato.

     Não aguardes o tempo futuro. Ele poderá não te chegar.

     Faz testamento, regulariza a doação. Executa tua vontade, agora.

     Se pensas em reparar erros do ontem, toma logo a atitude.

     Não relegues a outrem o acerto dos teus desatinos. E, para que não te arrependas, depois da partida, não economizes palavras e gestos aos teus amores. Acarinha, abraça, beija.

     Após o desenlace, poderás desejar o retorno para dar recados e falar do amor que nunca expressastes na Terra.

     Poderá ocorrer que a Divindade não te permita. Ou que não tenhas as condições para a manifestação.

     Ou não encontres a quem falar e dizer.

     Por ora, podes falar e agir. Faze-o.

     Depois da morte, precisarás contar com quem te interprete o pensamento, quem te deseje ouvir, te sintonize.

     E lembra que se não semeares afeições e simpatias, enquanto no trânsito carnal, não terás frutos a recolher na Espiritualidade.

     Nem quem te recorde no mundo.

     Se almejas fazer o bem, servindo à comunidade, prestando serviço voluntário, engaja-te hoje ainda.

     Não aguardes aposentadoria.

     Dá hoje a hora que te sobra ou conquistas, entre os tantos compromissos agendados, porque poderá acontecer que não venhas a gozar os dias que esperas.

     Ou que, por circunstâncias que independam da tua vontade, necessites alongar a jornada profissional por mais alguns anos.

     Vive intensamente. Matricula-te no curso de idiomas, na aula de música, pintura, bordado.

     Esmera-te no aprendizado para que, ao partir, leves contigo uma grande bagagem.

     De braço dado com quem amas, realiza a viagem sonhada. E fotografa tudo com o coração, para não esquecer nenhum detalhe.

     A máquina fotográfica poderá falhar, por defeito técnico ou inabilidade de quem a manuseia.

      Mas o teu coração não esquecerá jamais o que viveu amorosamente.

      Feito tudo isso, se a morte chegar, de rompante ou te abraçar de mansinho, poderás seguir sem traumas, sem medos, em paz.

      E em paz deixarás os teus familiares, os teus amigos, os teus colegas e conhecidos.

Pensa nisso.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. Antes da desencarnação,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.