É comum ouvir-se alguém falar que não resistiu a uma tentação.
Como a Terra não é habitada por anjos, a fragilidade humana não deve causar espanto.
Ela se revela de modo diverso em cada um e depende essencialmente da sua história espiritual.
Conforme se comportou ao longo de suas existências, o homem tem seus pontos fortes e fracos.
Quem se permitiu leviandades na área sexual, é frágil em relação a ela.
Já o que viveu de forma desonesta tem dificuldades quanto ao dinheiro.
Isso se repete nos mais variados setores.
À medida que vence suas imperfeições, o homem se liberta.
Já não precisa lutar contra si mesmo.
Ele vive com dignidade de forma natural.
Contudo, enquanto está em processo de libertação, necessita orar e vigiar.
Orar implica conectar-se com as forças superiores que regem a vida, a fim de receber orientação e apoio.
Trata-se de um gesto de humildade e que viabiliza o autoconhecimento.
Humildade, pois a oração não é um ato entre iguais.
Justamente por isso não pressupõe trocas infantis.
Deus não necessita de nada, em Sua perfeição.
Já os homens muito ganham em buscá-lO e em seguir os caminhos que Ele sinaliza.
Ao relatar ao Pai Celestial suas dificuldades, suas dores e anseios, o homem atento passa a se conhecer melhor.
Consegue identificar o que lhe causa dor, o que o tenta a agir de modo indigno.
Com base nesse conhecimento de si mesmo, pode vigiar melhor.
Quanto à vigilância, constitui uma atenção toda especial para se manter longe de encrencas.
Cada um sabe em quê residem suas tentações.
Se está realmente decidido a viver com retidão, deve manter-se longe delas.
Constitui tolice achar que pode testar seus limites, de modo indefinido, sem consequências nefastas.
Ainda que atos negativos não sejam efetivados, sempre se perde um pouco de paz ao se manter próximo do que deve ser evitado.
Basicamente, aquele que não deseja molhar os pés faz bem em se manter longe da torrente de água.
A tentação de se aproximar cada vez mais pode ser perigosa.
De repente, em um falso movimento, eis que os pés jazem molhados.
Assim, quem tem dificuldade para ser fiel no matrimônio, não deve lançar olhares e sorrisos à sua volta.
Um flerte que se imagina inocente pode se transformar numa tragédia.
Também o apaixonado por dinheiro e bens materiais não deve nem refletir sobre vantagens indevidas.
Após dar o primeiro passo em direção ao objeto proibido, pode ser difícil retroceder.
Ao longo do tempo, a resistência disciplinada converte-se em espontaneidade.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 04.08.2011.
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