sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Justiça e Amor



   Enquanto alimentamos o mal em nossos pensamentos, palavras e ações, estamos sob os choques de retorno das nossas próprias criações, dentro da vida.
   As dores que recebemos são a colheita dos espinhos que arremessamos.
   Agora ou amanhã, recolheremos sempre o fruto vivo de nossa sementeira.
   Há plantas que nascem para o serviço de um dia, quais os legumes que aparecem para o serviço da mesa, enquanto outras surgem para as obras importantes do tempo, quais as grandes árvores, nutridas pelos séculos, destinadas à solução dos nossos problemas de moradia.
   Assim também praticamos atos, cujos reflexos nos atingem, de imediato, e mobilizamos outros, cujos efeitos nos alcançarão, no campo do grande futuro.
   Em razão disso, enquanto falhamos para com as Leis que nos regem, estamos sujeitos ao tacão da justiça.
   Só o amor é bastante forte para libertar-nos do cativeiro de nossos delitos.
   A Justiça edifica a penitenciária.
   O amor levanta a escola.
   A justiça tece o grilhão.
   O amor traz a bênção.
   Quem fere a outrem encarcera-se nas consequências lamentáveis da própria atitude.
   Quem auxilia adquire o tesouro da simpatia.
   Quem perdoa eleva-se.
   Quem se vinga desce aos despenhadeiros da sombra.
   Tudo é fácil para aquele que cultiva a verdadeira fraternidade, porque o amor pensa, fala e age, estabelecendo o caminho em que se arrojará, livre e feliz, à alegria da Vida Eterna.
    Quem deseje, pois, avançar para a Luz, aprenda a desculpar, infinitamente, porque o céu da liberdade ou o inferno da condenação residem, na intimidade de nossa própria consciência.
    Por isso mesmo, o Mestre Divino ensinou-nos a pedir na oração dominical: — Pai, perdoa as nossas dívidas, assim como devemos perdoar aos nossos devedores.”

(Livro: Indulgência. Francisco Cândido Xavier por Emmanuel)

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