Socorros que se precipitam, sob imposições caprichosas, convertem-se em rebeldias e insensatezes naqueles a quem são dirigidos.
Esclarecimentos com imperativos apaixonados, e palavras carregadas de reproche, assemelham-se a ácido colocado em feridas abertas em chaga viva.
A paciência é a grande modeladora dos caracteres.
O vento e a chuva, incessantemente e através dos tempos, modificam a paisagem terrestre. Trabalham a rocha, modelam as formas variadas, e enquanto o rio silencioso corre abrindo vales e aprofundando o leito, o planeta se altera na sucessão dos milênios.
A paciência para com os irmãos irritados, vitimados pela perturbação e pela rebeldia, é indispensável para atingir-lhes o âmago da alma.
Ela constitui um trabalho transformador no terapeuta que se encarrega do esclarecimento, e medicamento abençoado no necessitado que teima por ignorá-la.
Na ação caridosa de despertamento dos irmãos sofridos do além-túmulo, não seja esquecida a paciência, que sabe trabalhar em favor dos resultados imediatos que sempre cabem a Deus.
(Livro: Suave Luz nas Sombras. Divaldo Pereira Franco por João Cléofas)
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