segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O REGOZIJO DE SER BOM




         Não é fácil ser bom, mas quanto se regozija nossa alma quando conseguimos vencer o egoísmo, o indiferentismo, a maldade e levar a todos os seres o que há de melhor em nós.
        Ser bom é ser compreensivo. Ser compreensivo é entender as criaturas seja qual for o seu nível moral, espiritual ou social.
        E ver com óculos de alcance e penetrar no âmago das pessoas e coisas, e não se prender às aparências.
        Que felicidade sentimos quando, ao nos recolhermos,  para meditar ou mesmo para repousar, à noite, nossa mente nos traz as imagens da nossa atitude compreensiva, das nossas emoções equilibradas e dos pensamentos de paz que emitimos para nossos companheiros da jornada e para aqueles que já partiram e adiante caminham na espiritualidade!
        Atos, pensamentos, sentimentos generosos são a riqueza e a felicidade que só sabem sentir os que conhecem a bondade na sua real manifestação.
        As almas altruístas são felizes; em silêncio trabalham para ajudar a erguer os que ainda não sabem caminhar em linha reta, os que ao invés de flores colhem pedras para atirar nos transeuntes, os que não enxergam com os olhos da alma e por isto magoam os que se encontram em seu caminho.
       Aquele que entende que a ignorância espiritual é responsável pelos desmandos dessas almas; que, embora apedrejado, não se deixa ferir e ainda é capaz de bondosamente curar do agressor as mãos feridas pelas próprias pedras que colheu para atirar; aquele pode experimentar a maior de todas as venturas, a maior de todas as bênçãos, o mais alto valor que a alma pode possuir: - o regozijo de ser bom!

(De “Vem!...”, de Cenyra Pinto)

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