sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O SOL DA ESPERANÇA


   Por vezes, a vida nos oferece maus momentos. Sofrimento, lágrimas e infelicidade nos visitam e nos sentimos desesperançados e infelizes.

    Nesses momentos amargos, em que a alma dolorida se volta para Deus e indaga “Por que passo por essas provações?”, é a hora em que devemos lembrar de uma palavra luminosa: a esperança.

    Narra a tradição grega que uma jovem chamada Pandora recebeu uma bela caixa com a recomendação de jamais abri-la.

    Mas Pandora era curiosa e desobediente. Ao abrir a caixa, ela liberou todos os males, misérias e sofrimentos no Mundo.

    Desesperada, Pandora chorou. Mais tarde, viu que, após saírem todas as mazelas, havia ficado, no fundo da caixa, a esperança. Brilhava sozinha a esperança - um fiozinho de luz que pulsava. Mas que poder possuía!

    O mito de Pandora deve ser refletido profundamente, em especial quando estamos atravessando momentos difíceis.

    Observe que, na lenda grega, é um ato da própria Pandora que liberta os males do Mundo. Na nossa vida não é muito diferente: em geral, somos nós mesmos que, de alguma forma, provocamos muitos males que nos atingem.

    Por isso, cada momento difícil é uma oportunidade de meditarmos e analisarmos qual foi a nossa contribuição para aquela situação.

    No entanto, a lenda de Pandora vai além: ela mostra que – apesar da gravidade dos sofrimentos – não estamos completamente sós: há uma luz posta por Deus para nos consolar e devolver o brilho em nossos olhos.

    Essa luz é a esperança.

    Esperança que restaura as forças, reequilibra o coração, acalma as emoções.

    A esperança é a mão generosa que acende a luz quando estamos mergulhados na treva profunda. É medicamento quando nos contorcemos em dores.

    Esperança é canção suave, que nos acalenta quando nos sentimos desamparados. É um olhar de compaixão no instante em que o Mundo nos rejeita.

    A esperança nasce de gestos de generosidade, de atitudes espontâneas, de palavras corretas.

    Mas não se habitue apenas a esperar que a esperança venha gratuitamente se aninhar no seu coração. Abra as portas da alma para ela!

    Para isso, é necessário educar o coração.

    A esperança é como um visitante importante. Devemos nos preparar adequadamente para recebê-la. A primeira atitude é retirar a poeira do pessimismo.

    Depois, varrer as sujeiras acumuladas pela mágoa. Essas sujeirinhas têm vários nomes: rancor, maledicência, desejo de vingança.

    Em seguida, com a casa mental bem limpa, é hora de perfumá-la com bons pensamentos, sorrisos, serenidade e otimismo.

    Então, quando menos se espera, eis que chega a esperança. Viaja em uma carruagem dourada, espalha flores pelo caminho e se instala no Espírito fazendo festa.

    É uma presença tão forte, tão bela, que transforma de imediato o ambiente em que se hospeda: impregna a alma de coragem e de alegria.

    Esperança é um sol que nasce após uma longa noite escura. Chega trazendo calor e a luz dourada de um dia cheio de boas realizações. Ela aponta, firme, para um futuro radioso. Basta recebê-la.

(Equipe de Redação do Momento Espírita.
                                                                                                                                 www.momento.com.br)
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