segunda-feira, 9 de maio de 2011

ESMORECER, JAMAIS!



    Algumas vezes, encontramos nas criaturas humanas, até mesmo entre os espíritas, sinais de desânimo.
    Parece paradoxal que aqueles que deveriam falar das alegrias de Jesus, das alegrias do bem, os que deveriam falar da boa nova, com força e ânimo, se deixaram envolver por sinais claros, evidentes, de descompensações mentais ou mesmo do sentimento.
    A que se deve isso? A uma pouca assimilação dos conhecimentos doutrinários? A um sinal de que são apenas seres humanos, em lutas correntes e decorrentes da própria estrutura de vida que escolheram por força da reencarnação? Ou será apenas que as pessoas não sabem se sustentar diante de um episódio de luta moral, física, espiritual?
    Provavelmente, nosso coração ainda não aprendeu a crer em Deus em plenitude e em Jesus como sendo o Mestre condutor de nossas existências. Talvez nossas almas não tenham conseguido ligar-se, efetivamente, ao sentimento maior que deve estar perfeitamente fixado em nossa mente, para que estejamos ligados a Jesus Cristo.
    Pode ser ainda que o espírito precise de dar ênfase à meditação, de pesquisar as causas de suas dores e constatar que existem falhas no seu próprio ser, necessitando de correção; reconhecer, enfim, que precisamos melhorar.
    Quando falamos assim, no entanto, não queremos deixar de reconhecer o lado da fraqueza humana. A carne, com o peso de suas dificuldades, muitas vezes traz ao homem a sensação de impotência diante dos problemas que lhe surgem à mente. Há também a dificuldade própria, causada pelo medo, pela inconformação diante de suas provas.
    Vamos, portanto, observando que, cada vez mais, o espírita, o cristão, de um modo geral, precisa modificar seus próprios sentimentos.
    O tempo que se dedica à distração, as horas que se perdem diante de uma televisão, os momentos que se dedicam a escutar os mexericos, tudo isso poderia ser transformado em uma firme determinação do espírito, fazendo com que esses momentos fossem empregados no estudo de si mesmo, analisando as próprias fraquezas, analisando os próprios problemas.
    Outras vezes, oh! meus irmãos, encontramos trabalhadores da causa com dificuldades, e temos vontade de chegar a cada um deles e dizer assim:
    - Meu irmão, pára, pensa, medita, ora, dedica-te a analisar as próprias dificuldades interiores e vê, vê sinceramente se em teu coração deixaste espaço para o estudo de ti mesmo.
    Ah! meus irmão, realmente o nosso espírito é espírito itinerante; nosso espírito ainda não conquistou os valores totais do Céu. Somos itinerantes do bem. Construímos, passo a passo, lentamente, como se subíssemos uma escada ou como se andássemos numa estrada, construímos a nossa passagem para o alvo supremo que é Deus.
    Estabeleçamos, assim, a coragem da fé. Estabeleçamos a dedicação ao bem. Estabeleçamos, também, em nós, um tempo para nos auto-analisarmos. Fazendo dessa forma, certamente, de muitos problemas nos furtaremos e muitas coisas poderão ser transformadas dentro do nosso coração.
    Trabalhemos, meus irmãos, a nós mesmos. Repito: do tempo dedicado a alguma espécie de distração, retirai pequena parcela para vós mesmos, para vosso estudo, para a vossa transformação.
    Que Deus nos ajude, nos abençoe, nos conduza e traga muita fé para todos, a coragem da fé! Deus a todos conduza durante o dia, a noite, a semana, o mês, porque estais nesta vida para pagar um débito com a lei de Deus.
    Tende a certeza, no entanto, de que esse débito está sendo pago. Tende a certeza de que todos estão no caminho do bem. Tende a certeza de que estais vencendo.
    Deus fique com todos!

(Altivo C. Pamphiro por Antônio de Aquino. Mensagem recebida no Centro Espírita Léon Denis, em 11/08/1999)

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